Nutrição para gestantes. Peixe crú, um grande vilão!

Logo que as futuras mamães descobrem que um lindo bebê está a caminho, depois da euforia inicial e de toda alegria, ela se vê em um grande mar de dúvidas e questionamentos, não é verdade? A mamãe para e pensa: E agora? O que devo comer? Quanto devo comer? De quanto em quanto tempo?
Se você se identificou com alguns desses questionamentos, saiba que é super normal, assim como tantas outras mamães.Você não será a primeira nem a última a ter tantas dúvidas.
Hoje posso tirar uma delas.
Peixe cru, não pode!!!
Tenho certeza que essa afirmação doeu em muitos corações de mamães apreciadoras da comida japonesa. Infelizmente, essa condição não muda até você ter seu bebê.
Por quê?
Peixes e frutos do mar, por se tratarem de um alimento delicado e que estraga com muita facilidade, requerem o mais absoluto cuidado em seu transporte, armazenamento e manipulação.  Este é exatamente o problema. É muito difícil um restaurante garantir que seu produto venha com qualidade, desde a pesca até a entrega no seu estabelecimento. Além disso, o próprio restaurante dificilmente consegue  manter o padrão entre seus funcionários.
O grande vilão dessa historia é um parasita chamado Toxoplasma gondii. Ele pode estar presentes em carnes cruas, principalmente na carne de porco e peixe, podendo causar cegueira e dano cerebral fetal.
As larvas desses parasitas só morrem a -18ºC ou em altas temperaturas. Por isso, volto a dizer: Você garante 100% que o restaurante que tanto gosta, recebe e mantêm seus produtos em baixas temperaturas? Na dúvida, melhor não consumir.
Entretanto, isso não significa que deva excluir totalmente o peixe da sua vida durante a gestação. Muito pelo contrário, estudos comprovam que o consumo de peixes e frutos do mar na gravidez garante um melhor desenvolvimento físico e metal nos bebês. Isso porque os peixes são as principais fontes de ácidos graxos ômega-3, que age diretamente no amadurecimento neurológico nos primeiros meses de vida. Por exemplo, os peixes que possuem uma maior fonte de ômega-3 são o salmão e a sardinha.
Por isso mamães, uma opção para vocês é consumir o peixe assado ou grelhado pelo menos 2 vezes na semana.
Seguem algumas dicas na hora das compras:
- Certifique-se que ele esteja por completo congelado, não podendo de forma alguma ceder ao apertá-lo.
- Os peixes frescos devem estar com os olhos brilhantes, escamas presas à pele, sem mal cheiro e nas cores rosa ou branca.
Tenho certeza que com esses cuidados e dicas você terá uma gestação tranqüila e um bebe forte e saudável.
“Não vivemos para comer, mas comemos para viver” (Sócrates)

Por: Gislaine Donelli dos Santos – Nutricionista do Empório da Papinha.



Seu próximo papel é ser mãe

Antes de ser mãe a mulher desempenha diversos papéis na sociedade : filha, aluna, amiga, profissional, namorada.
Esses papéis trazem consigo um mecanismo delicado com fases gradativas do desenvolvimento orgânico e psíquico, levando- se em consideração o grau de adaptação das condições ambientais do indivíduo em qualquer momento de sua vida.
Sendo, portanto, o desempenho deles fundamental para o desenvolvimento biopsicossocial feminino.

Muitos são os questionamentos acerca do desempenho feminino nas diferentes funções a que ela se dedica, mais precisamente a função materna. O papel da mãe em nossa sociedade vem carregado de polêmicas e posições contrastantes trazendo questionamentos sobre o que é ser mãe. A sociedade atual gera conflitos por não saber qual posição tomar diante da maternidade e do que este papel representa. Essas novas escolhas conflitam diretamente com os pressupostos tradicionais sobre como deveriam ser as mães.

Até o século XIX a  principal função social da mulher era a maternidade. À partir daí, com a vinda da "Revolução Industrial", as mulheres ingressam no mercado de trabalho, que até então  não representava um sonho de realização pessoal e sim uma necessidade para as mulheres de classe menos favorecida enquanto esperavam por um casamento. Só à partir do século XX o papel de trabalhadora passa a ser uma realização pessoal além da maternidade.

Embora a mulher tenha um papel ativo na sociedade e no mercado de trabalho, criaram-se para elas dificuldades em conciliar o ser mãe  e o ser profissional. A visão psicanalítica enfatiza a mãe como um fator importante na formação psíquica da criança, sendo responsável ,de modo simplista, por determinar a saúde ou a doença psíquica de uma criança. As mães podem ter dificuldades ao se relacionar com o bebê devido aos seus "próprios conflitos internos,dificuldades que talvez estejam ligadas as experiências pelas quais passaram quando criança" ( Winnicott , 1999, p. 23).

Faria( 2009), fala sobre o significado da maternidade para a mulher na atualidade, enfocando os sentimentos e mudanças relacionadas a este momento. A autora observa que a principal dificuldade da mulher está em conciliar o tempo para ficar com os filhos e a atividade profissional. Afetando todo o tipo de vínculo estabelecido entre mães e filhos na atualidade. Outro fator importante de discussão na maternidade é a imagem corporal:

"A preocupação das mulheres com a aparência e  com ´serem vistas` é uma defesa compreensível num mundo que ainda não reconhece o valor intrínseco* da condição feminina"
( Dowling,1998, p.14).

No livro Complexo de Perfeição de Collet Dowling a autora analisa o amor-próprio feminino. Segundo Dowling, o narcisismo saudável das meninas cresce à medida que a criança se desenvolve. Isso ocorre pelo fato das mães serem o espelho de suas filhas .Não como um espelho que reflete, mas que distorce. A autora faz uma análise da sociedade em que essa mulher se desenvolve. As cobranças feitas sobre a condição feminina de trabalhadora, mãe e mulher. A imagem feminina de mulher moderna nem sempre condiz com a realidade.
" Muitas mulheres ainda tentam se definir através de um desempenho voltado para o agrado e a aceitação"( Dowling, 1998, p. 16). As cobranças começam desde a tenra infância na vida das mulheres: ser boa filha, melhor aluna e galgar uma vida profissional de sucesso. O que por outro lado as obriga a abrir mão de muitas outras coisas que se tornam secundárias em suas vidas: família e vida social, por exemplo.

Por Karin Lucy Silva Martiniano

Psicóloga clínica e  pós- graduada em Educação à distância  ( Universidade Dom Bosco) CRP: 06/103584
www.karinlucy.com.br

* que se passa no interior
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